quinta-feira, maio 20, 2010

Uma longa pré-época

Desejando que a época comece o mais depressa possível, aqui ficam alguns dos meus destaques relativos à pré-época que acabou de findar.



Sequência de posts do ano – Pedro F. Ferreira da Tertúlia Benfiquista, “Faltam X jogos”: aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, e aqui. Com a sua conclusão natural aqui.

Momento “Valdemar, Oi?!” do ano nº1 – Juve Leo na Luz: “Joguem à bola, palhaços joguem à bola!”.

Momento “Valdemar, Oi?!” do ano nº2 – Peyroteo, no Sector B32: "ganhar na Figueira afinal não é assim tão difícil..." uma semana antes disto.

Momento “Valdemar, Oi?!” do ano nº3 – “Para ti, Pedroto”. Obviamente, sem direito a link.

Campanha publicitária do ano – “Reservado”: aqui, aqui, e com repercussões um pouco por todo o país – e até aqui.

Protesto do anoeste.

Bola de golfe do anoeste post.

Cartaz do ano – empate entre este e este:

Mal-amado do ano – o Bola de Prata. Mais respeito.

Momento "Quando eu era pequenino..."este.

Momento “Simão em Camp Nou” do ano – aquele segundo livre do Cardozo em Anfield Road...

Momento “Já está!” do ano – vitória na Luz contra a Naval. A prová-lo estão este post escrito na altura, este escrito já depois de sermos campeões, e as imagens seguintes.



Manif do ano – nem é preciso dizer nada, pois não?






Camisola do ano – (foto a colocar assim que a tiver, para já fica a dica):


Substituição do ano – esta:

quinta-feira, março 05, 2009

Choose Life

'Home to Sheffield United' is deemed an inadequate explanation (em relação ao "ter" de declinar um convite para um "qualquer casamento")


Neste excerto do fabuloso "Fever Pitch" de Nick Hornby (e a propósito do mesmo não há como não ler isto), está contida toda a verdade acerca da minha relação actual com o mundo da bola. Nunca fui um "die-hard", daqueles que não falha nenhum jogo seja em casa ou fora, mas consegui ter - ou tinha conseguido, até agora - a minha presença nos jogos do Benfica bastante bem definida, e curiosamente próxima àquela que Hornby descreve como a sua: jogos em casa, cativo oblige, e meia-dúzia de jogos fora durante a época.

Acontece que na jornada passada, e apesar do dito cativo, não fui ao Estádio. E porquê? Por causa de um jantar com colegas do trabalho. Dito assim, e visto de fora, pode parecer uma de duas coisas: uma decisão compreensível e racional; ou uma desculpa completamente desadequada - para a minha falha perante a Luz.

Preocupa-me que tenha chegado àquela altura da minha vida em que, para além de ter de escolher entre este tipo de eventos e um jogo na Luz... "Tenha" de escolher o evento. Até agora, por manifesta sorte, não tinha tido escolha (também falhei o Benfica - Nacional desta época mas nesse dia fiquei a trabalhar até tarde, o que obviamente foi tudo menos escolha - e ainda assim, uma vez sabendo que ia ficar até tarde optei por sair ainda mais tarde e interrompi o trabalho para ir ver a segunda parte a um café). Mas chegado o momento da escolha, vacilei, e isso surpreendeu-me.

O engraçado destas coisas é que mais uma vez o karma fez o favor de me mostrar que existe e que, quando quer, é lixado (com F maiúsculo): o restaurante nem televisão tinha.

----------------------------------------------------------------------------------

Paradoxically, when the game means something then the identity of the opponents signifies less. E isto notou-se neste jogo, com a Luz a encher-se de brio e a tornar-se no jogador que faltou em campo nos últimos 20 minutos de jogo, jogo esse que iria sempre permitir ganhar pontos a algum dos rivais (veio a verificar-se que na verdade foi a ambos, uma vez que nenhum dos dois jogou...).

----------------------------------------------------------------------------------

"Fever Pitch", de Nick Hornby, uma lição sobre a "nossa" forma de ver futebol. Está tudo lá, e se com as duas frases neste post e o excerto acompanhado da respectiva dissertação do M. não concordam... Não são dos nossos.

sexta-feira, fevereiro 27, 2009

Um ano depois... ainda sei funcionar com isto!

Um ano de seca de posts. Sim, a partir do jogo em Nuremberga o ano passado foi sempre a descer, o que claramente não dá grande inspiração a posts que se queriam regulares a seguir a cada jogo do Benfica...

Para (re)começar, e no dia em que o Benfica recebe o Leixões - que por esta altura do campeonato já não pode ser considerado surpresa por ninguém -, nada como fazer uma actualização dos links ali na lateral direita (AVÉ MAXI!). Novidades:

- Obrigado Sá Pinto (obrigado de facto - e é favor lerem a homenagem ao MAXI)
- Ontem vi-te no Estádio da Luz (é bem provável que sim)
- Gordo, vai à Baliza (típico, né...)
- Eusébio + 10 (ainda hoje fazia uma perninha na equipa - tipo a que falta ao Mantorras, não?)

E para já era isto. Espero voltar antes de 2010.

sexta-feira, fevereiro 22, 2008

Uma imagem

... vale mais que uma data de palavras, incluindo a palavra bidon.



Cliquem na foto da equipa que entrou no Easy Credit Stadium (nome bonito para estádio, não é?), e reparem no moço que está de pé na extrema direita.

Need I say more?

PS - foto e post com a devida vénia ao JG.

sábado, fevereiro 16, 2008

Depressão & Doenças

Nunca imaginei que uma vitória do Benfica me conseguisse deixar deprimido... Mas este é mesmo um ano sui generis, e contra o Nuremberga os que estiveram em campo com a nossa camisola fizeram questão de mo provar uma vez mais.

E, no entanto, domingo lá estaremos nós na Figueira. Depois digam que não é doença...

segunda-feira, janeiro 14, 2008

Wake up call

Sinto-me como que obrigado a voltar aqui a escrever alguma coisa precisamente nesta altura, em que a equipa insiste em deprimir-nos ao máximo (como brilhantemente espelha a crítica do M.)

É assim: não há Rui Costa que nos valha quando todos os outros que entram em campo não estão com grande vontade de lá andar. A imagem de marca deste Benfica continua a ser o resignamento e o abandono (allo Fernando Santos, obrigado pela herança), e até o Camacho, que outrora primava pelas suas irreverentes poças de suor nas axilas, parece conformado com a falta de atitude em campo.

É preciso um safanão no geral da estrutura benfiquista, desde baixo até ao topo, mas não parece haver quem a dê. Até os sócios e demais adeptos, outrora o “motor” daquilo que era o Benfica, encolhem os ombros – e a isso não será alheia a repressão que se faz sentir de forma constantemente crescente na nossa própria casa –, descrentes daquilo que somos capazes.

Já estava na altura de acordarmos. É que o despertador já tocou há alguns anos...

quinta-feira, novembro 29, 2007

Porra

"G'anda" jogatana ontem. Não percam este espírito rapazes!

terça-feira, outubro 30, 2007

Sinais do tempo

No Velho Estilo Ultras, no Encarnado e Branco, no Calcio Rosso, ate' no Pontape' na Logica... Assim como que uma resposta aos "Ruis", como o dos comentarios anteriores. Para ler e reflectir...

Actualizacao - ao que parece a possivel saida do Presidente nao passou de falsos alarmes levantados pela comunicacao social. Enfim. Espero agora ver onde isto tudo vai levar, desde a "porta sempre aberta" ate ao "quadro de legalidade" da Lei 16/2004. Basicamente, e e' isto que deve ser reforcado, somos todos socios do Sport Lisboa e Benfica. E no Benfica nao ha', nem nunca havera', socios de primeira e socios de segunda. Um associado e' como qualquer outro associado, incluindo aqueles que constituem a Direccao do clube. Apenas um recado.

segunda-feira, setembro 17, 2007

O estado das coisas

No passado sábado passaram-se coisas no Estádio da Luz que nunca pensei serem possíveis na nossa própria “casa” – e as aspas são tudo menos inocentes, já que o Estádio tem cada vez menos de nosso e de casa já não tem mesmo nada...

Ao que parece, agora nenhum grupo de sócios do Benfica pode levar faixas ou bandeiras que os identifiquem como tal. Uma simples tarja de plástico com o nome DiABOS foi razão suficiente para justificar inclusivamente uma violenta carga policial sobre os ditos sócios. Uma carga policial em “casa” por termos faixa – é este o ponto ao qual chegámos. E depois digam que a lei 16/2004 não é repressiva e não legitima os abusos que as forças de autoridade (infelizmente) já costumavam exercer sobre aqueles que gostam de ver o jogo de pé e a cantar...

Pelo menos desta vez deu para ver que os restantes sócios estão ao lado destes sócios nesta luta, com uma valente assobiadela aquando da carga policial e o aplauso ao ser exibida uma segunda faixa. Todo o apoio é pouco nos tempos que se avizinham, já que nesta tem de ser como dizia o outro – antes quebrar que vergar.

Temos mais plástico!

segunda-feira, maio 14, 2007

Tranquilidade

Vou passar esta semana tranquilo, ao contrário de muito boa gente. Vantagens de ter poucas ilusões com esta equipa que se vai arrastando dentro de campo. Vantagens porque é uma boa coisa passar a semana sem estar constantemente a transportar-me para o próximo fim-de-semana...

Era só isto, a menos de uma semana do jogo do título.

Quer dizer, a não ser que...

segunda-feira, maio 07, 2007

Chin up

Ao ver os gestos de Mourinho, e pondo de parte possíveis ódios ou admirações que a sua personalidade inevitavelmente acarreta, no final do jogo que ditou o adeus do Chelski ao campeonato deste ano, só posso ficar com inveja. Inveja dos adeptos, por terem quem se lhes dirija assim depois de um derby; inveja da reacção dos adeptos, ao darem uma standing ovation à sua equipa depois de um empate que lhes custou a possibilidade do título; mas principalmente inveja de Mourinho, ou melhor, inveja do clube que tem um treinador que chega ao fim com os principais objectivos da época perdidos e que ainda assim diz, num pedido aos seus adeptos pleno de razão: “chin up”.

Inveja de chegar ao final da época com o sentido de dever cumprido, ainda que o campeonato e a Champions tenham ido à vida. Inveja de ter quem honre a camisola. Inveja de não ter que ter vergonha da falta de entrega de alguns que entram em campo com as minhas cores. Inveja.

Até quando?

quinta-feira, abril 19, 2007

Sobre comparações

Num dia em que boa parte das conversas de bola são sobre o golo (sem dúvida fabuloso) do Messi frente ao Getafe, e óbvias comparações surgem, lembrei-me que não pus no post sobre a ida a Barna uma imagem, que hoje se aplica mais que nunca:

O empregado argentino da pizzaria, com uma t-shirt preta que dizia a letras brutalmente brancas, bem ao centro: "Yo vi jugar a D10S".

Impressões sobre Barna

Carros, vans e autocarros com matrícula portuguesa, centenas de kms Espanha adentro. Apitadelas, sinais de luzes e cachecóis vermelhos à janela. Ainda assim, o ano passado parecíamos mais...

Chegada a Barna: confusão, trânsito e no parking spaces. Com GPS é mais fácil encontrar as ruas...

Suerte!” é o que mais se ouve dos espanyonistas no pré-jogo, contraste óbvio com a arrogância culé igualmente presenciada in loco faz um ano. Que pena estarmo-nos a encontrar duas vezes – em Barna e Lisboa – , e não só uma – em Glasgow.

Subir até Montjuic é um pequeno suplício. O Olímpico está em obras exteriores, o que impede uma avaliação correcta do estádio, mas chega para perceber que não se “impõe”.

A impressão da viagem confirma-se. Em Camp Nou éramos mais, havia outra animação na bancada. É pena.

O ambiente é frio, o césped distante. Como é que esta gente resiste vai para 10 anos neste túmulo? Para quem viu o Sarrià e vê este, a única reacção possível é a expressa pela frase de Seinfeld: “I’m speachless. I am without speech.”.

Já estou como aqueles quatro fedorentos dizem: Nacionalismo. É parvoíce.

... 0-3. 1200 kms para ver Vigo outra vez?

Golo.

Golo! Como é que era, “si eres portugués...”? Não vos ouvimos.

Enfim, um mal menor. Vamos mas é jantar e preparar a noite.

Brutal Razzmatazz. A melhor noite, parte II.

Barna é uma cidade fantástica. Conhece-se, volta-se lá, visita-se e fica-se sempre com vontade de regressar. É como a música dos Infadels: “Can’t Get Enough”. Até para o ano...

Hiato

Já lá vai algum tempo desde que escrevi aqui alguma coisa, por isso obviamente não vou estar a “desfiar” considerações sobre todos os jogos que o Benfica fez neste espaço de tempo. Espaço esse que nos viu chegar ao quartos-de-final da UEFA (sendo aí eliminados, vá lá que por uma equipa que me merece toda a consideração), durante o qual nos aproximámos a um mísero ponto da liderança e que entretanto já deixámos aumentar para 5. Espaço que parece querer desmoronar o que de bom esta época nos estava a dar...

Ao invés de falar sobre as exibições da equipa, escolhas do treinador, forma dos jogadores ou toda a sequência de jogos que fizemos, decidi que seria mais interessante recordar os dias que passei em Barna ao acompanhar o Benfica no jogo da primeira mão contra o RCDE. O que se segue é isso apenas e só isso mesmo: recordações, memórias, em vez de considerações e comentários. Enjoy.

sexta-feira, março 09, 2007

Aves - Benfica / PSG - Benfica: Percalços e nem tanto

Sobre o Aves - Benfica não vou falar muito, a não ser que espero que todas as nossas exibições semelhantes à que fizemos acabem com o mesmo resultado desta.

Sobre o PSG - Benfica, também só quero deixar um recado aos Benfiquistas em geral: esta época já tivemos um jogo com 3 expulsões, outro com 4 bolas nos ferros e neste tivemos que aguentar uma indisposição pouco antes do início do jogo a par de duas lesões em elementos que são (ou estavam a ser) fundamentais no seu decorrer.

Já esgotámos todos os possíveis azares para esta época, não vamos ter mais episódios destes até à festa de campeão. Nem até Glasgow.

quinta-feira, março 01, 2007

Símbolos

Estava a escrever o post sobre o Benfica - Paços de Ferreira quando soube que o Bento, o nosso grande guarda-redes, já não se encontra connosco. Ainda ontem esteve na gala de aniversário do Benfica, e já hoje...

Não vou escrever nada sobre o jogo da passada segunda-feira, não quando uma perda desta envergadura atinge o meu clube. Não tenho grandes lembranças do Manuel Galrinho (como o meu Pai insiste em chamá-lo até hoje) enquanto jogador mas isso não implica que não sinta o seu desaparecimento com menos força. Bento foi um guarda-redes fora de série dentro de campo, e uma grande e honrada personalidade benfiquista fora dele. A foto d'A Bola de hoje com ele, Rui Costa e João Coimbra sentados e sorridentes à conversa numa mesa durante a gala de aniversário de ontem é testemunha da rapidez com que a vida pode mudar - e acabar.

Bento foi, e continuará a ser, uma bandeira do Benfica, um guarda-redes que depois de ser titularíssimo do Benfica e da Selecção Nacional, e após ter partido a perna durante o México'86, sempre recusou abandonar o seu clube até ao fim da sua carreira em 91/92, e isto apesar de ser frequentemente relegado para o banco ou mesmo para a bancada. O Bento foi e é grande, um dos maiores símbolos do Benfica recente.

Queiram os que hoje em dia têm o privilégio de vestir a mesma camisola que ele tantas vezes brilhantemente defendeu respeitar o seu exemplo e unir-se em torno do seu exemplo. Queiramos todos respeitar os nossos símbolos, vivos ou mortos.

sexta-feira, fevereiro 23, 2007

Benfica – Dinamo / Nacional – Benfica / Dinamo – Benfica: Mensagem

Estes três jogos resumem-se todos num espírito comum, numa mensagem comum que a equipa teima em fazer passar para os adeptos: Acreditem.

Nenhum deles foi fácil, em nenhum goleámos, tal como em nenhum fizemos uma exibição como contra o Boavista, mas ganhamos os três no espaço de uma semana. Nada mau para um “plantel limitado”...

A equipa insiste em fazer-nos acreditar, o pragmatismo dos resultados e das vitórias suadas ou em campos difíceis a vir ao de cima, o Benfica a jogar com a inteligência acutilante de uma velha raposa – lembram-se no que é que resultou da última vez que fomos uma equipa destas?

A mensagem passa por deixarmos (todos) as dúvidas, os odiosos assobios ao mínimo sobressalto e as possíveis ausências do estádio de lado e unirmo-nos no apoio à equipa, acreditarmos no Benfica e que no final do ano a festa vai ser nossa – aqui e em Glasgow. Estou convicto (porque sou um romântico disto) que a vitória depende da força com que acreditamos nela, e da maneira como conseguimos fazer passar essa confiança para o relvado. Posto isto só sobra mesmo: Carrega Benfica!

segunda-feira, fevereiro 12, 2007

Varzim - Benfica: E de repente...

... percebeu-se o erro que foi a dispensa do Fonseca. Esse ao menos dava uma lição de entrega a alguns que andaram perdidos em campo.

sexta-feira, fevereiro 09, 2007

Benfica – Boavista: Fé

Não me vou pôr a discorrer sobre o (determinante, neste jogo) factor sorte/azar. Mais do que as bolas aos ferros do jogo do passado fim-de-semana, mais do que as oportunidades falhadas, mais do que a boa exibição da equipa, mais do que o bom apoio vindo de cerca de 50.000 benfiquistas nas bancadas, o que é importante retirar deste jogo (e do fim-de-semana) consiste num simples número: 4. E não estou a falar das bolas ao poste.

Estamos a 4 pontos do primeiro lugar, metade do atraso que tínhamos há duas jornadas atrás. Afinal, e mesmo não tendo ganho este jogo, não estamos tão mortos e enterrados como nos queriam fazer crer ainda há duas semanas atrás, e é importante que nós mesmos (mais do que os nossos adversários) nos mentalizemos disso. Há noites que conseguem reflectir toda a magia da fé que os benfiquistas conseguem ter na sua equipa quando acreditam nela e estão ao seu lado. Esta foi uma dessas noites, uma das noites em que a equipa é carregada às costas pelos adeptos. Não foi o suficiente, mas só não o é uma vez em cem, e calhou ser desta. Fulcral é continuar a acreditar e fazê-los ver isso mesmo, que vamos ser campeões.

E ganhar a Taça, já que amanhã há eliminatória.

segunda-feira, janeiro 29, 2007

Belenenses – Benfica: Benfiquistas of the world unite

... and take over.

O que é que nos leva a sair num sábado à noite, com uma temperatura de cerca de 5º, para irmos até um estádio ver um jogo que podíamos ver a partir do calor de casa e do conforto do sofá, ou numa qualquer tasca com $portv, mais protegidos do frio, sentados na companhia de alguns amigos e umas cervejas à frente? Porque é que gastamos tanto dinheiro, ainda que este jogo tenha sido uma saudável excepção nos preços disponíveis para o topo norte do Restelo, porque é que nos expomos ao humor da meteorologia e à aleatoriedade da acção de uns animais que vestem de azul (não, não me refiro aos tripeiros de Lisboa, o azul destes é mais escuro e equipam “à Robocop”)? A resposta é mais simples do que parece e está espelhada num grito que costuma aparecer num certo topo da Luz: nós, que amamos o Benfica, somos assim!

Já tinha saudades de uma saída, este ano a única – sim, penitencio-me por isso – tinha sido a Leiria. Há uma sensação diferente em nos concentrarmos num espaço que não é o nosso, que não nos é familiar, aquela sensação de invasão de uma propriedade que não nos pertence mas que dominamos a partir do momento em que chegamos... As deslocações têm o seu quê de bélico, de conquista de um território “estrangeiro”, de vitória em casa alheia, de afirmação da extensão do nosso poder – tudo contribui para a magia de uma boa saída. Claro que tudo isto é subjectivo no caso de Belém, que é apenas outro bairro na mesma cidade, mas os tripeiros de Lisboa fazem questão de nos mostrar o quanto lhes custa o nosso domínio e a nossa presença – o que acaba por nos dar ainda mais satisfação, e desde já lhes agradeço por isso.

Quanto ao jogo em si não há muito a realçar para além da nossa eficácia. Aproveitámos com pragmatismo a derrota tripeira da noite anterior, e eis que a “vantagem segura” já não é assim tão confortável quanto isso. Estamos mais perto, a 5 pontos de distância quando ainda há 42 em disputa... É altura de mostrarmos a nossa força e união, todos à Luz, todos pelo Benfica e todos pela vitória.

Vamos a eles.